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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Estratégia pra viver...

Durante anos, vivi muito mal com minha esposa. Quer dizer, a gente se dava bem, mas não era marido e mulher. Parecíamos mais dois irmãos. Com isso, a vida ia ficando cada vez mais desnecessária, pois carregada de uma monotonia forçada.

De um lado, os compromissos de esposo, com nome a zelar, sério, perfeito marido na visão dos de fora. De um outro, os desejos reprimidos, a paixão pela esposa, a vida se esvaindo...

Certo dia, um conhecido meu, que tinha uma amante 30 anos mais nova que ele, foi desmascarado pela própria filha, única, que ao bisbilhotar o celular do pai, encontrou mensagens suspeitas e mostrou à mãe. Deu separação.

E eu fiquei com aquilo na cabeça. E pensei num plano arriscado. Arriscado, não. Qualquer resultado me satisfaria.

Peguei com um amigo um número morto de celular e mandei mensagens de amor como se fossem respostas a alguma mensagem de mesmo teor recebida. E deixei ali no meu celular, para ver se uma das minhas filhas, ou mesmo a minha esposa, pudesse por qualquer resquício de curiosidade, mexer no celular e ver as mensagens.

Dito e feito. Isso foi em Outubro, 2009. Um mês depois, minha filha mais nova fez o que eu já esperava. Viu as mensagens, me xingou muito por e-mail, e disse que eu teria que revelar isso á mãe dela.

Fiz cena, disse que o casamento estava terrível, mas que aquilo era só virtual, etc. E no fim, confessei á esposa o "caso", ela chorou muito, disse que não esperava isso de mim.

Bom, outros detalhes pouco importam agora. O resultado é que acertamos a nossa vida. Estamos juntos como nunca estivemos e estou feliz.

O plano foi meu, mas padecer no paraíso é isso, confiar que seu filho ou filha está ali e pode judar você a qualquer momento, mesmo que involuntariamente.



Nelson

Um comentário:

  1. Tudo tem o momento de acontecer. Fico feliz em saber do sucesso da estratégia

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